Se despir completamente de um personagem de sucesso pode ser uma tarefa difícil para um ator. Ainda mais quando o intervalo entre o último trabalho e o próximo é tão curto. Faz um pouco mais de três meses que Rafael Zulu se despediu de Adriano, seu papel em "Ti-Ti-Ti", um crítico de moda homossexual para lá de afetado. E já está se preparando para dar vida ao Edvaldo de "Fina Estampa", próxima novela das nove da Globo. Por isso mesmo é que o ator, que recebeu o convite para o folhetim de Aguinaldo Silva quando ainda estava no ar na trama das sete, torcia para que o novo personagem fosse completamente diferente do anterior. "De cara, o Edvaldo é um mecânico e é heterossexual", adianta. "Uma coisa é quando você está há um ano e meio, dois anos fora do ar. Eu estou há poucos meses e até hoje as pessoas falam do Adriano para mim", conta.
Na maior parte de suas cenas, Rafael vai contracenar com Juliana Knust, Carlos Casagrande, Marcos Pigossi e Alexandre Liuzzi, que interpretam papéis que trabalham no mesmo local. Mas quando Edvaldo for à praia da Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro, vai encontrar os personagens de Eri Johnson e Marcelo Brou. Para Rafael se integrar melhor com o elenco, as leituras, que estão acontecendo há cerca de um mês, foram fundamentais. É a oportunidade que os atores têm para se conhecer e encontrar o tom da interpretação. "Quando você vai para o 'set', está tudo mais leve, mais digerido", acredita. Depois que a novela estrear, em agosto, Rafael pretende conciliar as gravações com as apresentações do espetáculo "Aonde Está Você Agora?", texto de Regina Antonini. "A peça conta a história de dois amigos que se desencontram e se reencontram no final da vida", conta.
(LUANA BORGES)
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