quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Não treinaria um aluno gay, diz ex-campeão de luta livre

O ex-campeão do Pride e do UFC Rodrigo Minotauro tem medo de que algum lutador homossexual aproveite a pegação da luta para tirar uma casquinha dele. Foi o que o atleta revelou em entrevista à revista “Trip” deste mês, onde fala de sua infância e declara ainda temer alguma “maldade” de gays se lutar com eles.

Minotauro alegou que não tem preconceito, mas não treinaria um aluno gay porque ele, o aluno homossexual, poderia se aproveitar da proximidade dos corpos. “Eu não tenho maldade, não acho aquele contato físico sexual. Mas vai que ele tem essa maldade de ter um contato físico comigo, de ficar ali agarrado. Eu não teria problema nenhum de ter um aluno gay na minha academia, mas preferiria não treinar com ele."

Brasil tem maior parada gay, mas lidera em violência contra homossexuais

País que sedia a maior parada gay do mundo é também o líder no assassinato de homossexuais. Ativistas falam à Deutsche Welle sobre os riscos de ser gay no Brasil e avaliam se o país passa por uma onda de homofobia.

 

Segundo o antropólogo Luiz Mott, fundador da mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no Brasil – o Grupo Gay da Bahia (GGB) – e um dos mais respeitados ativistas gays brasileiros, o Brasil é um país contraditório no que se refere à questão dos gays, lésbicas e transgêneros.

"Ao mesmo tempo que temos um lado cor-de-rosa, representado pela maior parada gay do mundo, que se realiza em São Paulo com mais de 3 milhões de pessoas, e temos mais de 200 grupos gays funcionando no país, temos um lado vermelho-sangue representado pelos assassinatos, pelas agressões contra os homossexuais no país", afirma.

Segundo relatório do Grupo Gay da Bahia, 260 homossexuais e travestis foram assassinados no ano passado em todo o país. O Brasil é assim o país com maior número de assassinatos de gays, lésbicas e travestis. Segundo o relatório do GGB, um homossexual é morto a cada 36 horas e esse tipo de crime aumentou 113% nos últimos cinco anos. Este ano, até o momento, foram registrados 144 mortes de gays, lésbicas e travestis, disse Mott à Deutsche Welle.

Além do maior índice mundial de assassinatos de gays, lésbicas e travestis, acontecimentos recentes envolvendo a situação do grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros) no Brasil podem levar a crer que uma onda de homofobia se instalou recentemente no país.

Escola sem homofobia

Em maio último, a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção e distribuição do kit "Escola sem homofobia", que estava em planejamento no Ministério da Educação e deveria ser distribuído em milhares de escolas públicas brasileiras. O assim chamado kit anti-homofobia vetado por Dilma continha cartilha, cartazes, folders e vídeos educativos. O kit gerou polêmica e agora está sendo revisado, após reações de setores conservadores da política e da sociedade brasileiras.

Segundo Mott, esse foi "um material planejado com muito cuidado, onde se gastou mais de 2 milhões de reais e que teve a participação da Unesco, do Conselho Federal de Psicologia e de outras entidades, e que foi vetado por influência, por pressão do que existe de pior na política brasileira, que são deputados evangélicos conservadores e intolerantes".

Ao vetar o kit anti-homofobia, que deveria chegar a mais de 6 milhões de adolescentes e mais de 300 mil professores, o fundador do Grupo Gay da Bahia disse que a presidente Dilma Rousseff deu um mau exemplo em meio a um aumento extremamente preocupante da intolerância gerada pela homofobia.

Violência mais visível

Para Márcio Marins, presidente da organização Dom da Terra, ONG direcionada a gays afrodescendentes e adeptos de religiões de matriz africana, a "onda de homofobia, lesbofobia, transfobia no Brasil não aumentou, ela simplesmente está mais visível que em outros tempos".

Marins diz crer que, com os avanços de algumas políticas para esse segmento da população – lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais –, os setores conservadores têm levantado mais a voz e procurado dar mais visibilidade às suas posições, que incluem "negar os direitos LGBTs".

Marins disse não acreditar que o índice de violência tenha aumentado no Brasil. "O que aumentou foi o número de denúncias", afirmou o ativista à Deutsche Welle.

Triste título

Outra grande polêmica em torno da situação dos homossexuais no Brasil é a não aprovação de um projeto de lei que criminalize a homofobia no Brasil. O projeto precisa ser votado no Senado Federal, mas enfrenta oposição de setores conservadores no Senado e de segmentos de fundamentalistas religiosos.

Segundo levantamento do GGB, nos últimos anos o Brasil tem sido o campeão mundial de assassinatos de homossexuais. São mais de 3.500 assassinatos nos últimos 30 anos, atingindo, em 2010, 260 homicídios. Desses, aproximadamente 70% eram gays, 25% eram travestis e 5%, lésbicas.


Manifestação contra homofobia no BrasilBildunterschrift: Manifestação contra a homofobia no Brasil

O segundo país mais violento é o México, com uma média de 35 assassinatos anuais. Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, com 25. "O Brasil tem 100 milhões de habitantes a menos do que os EUA, mas registra 10 vezes mais assassinatos de gays e travestis por ano", disse Mott, acrescendo que menos de 10% desses assassinatos são esclarecidos pela polícia e vão a julgamento na Justiça. "Essa impunidade, com certeza, estimula novos assassinatos, o que torna a situação, a vida dos homossexuais no Brasil muito perigosa, muito arriscada."

Mott apontou que o "que é interessante e chocante" é que o número de prostitutas é muito maior no Brasil, mas as travestis são muito mais frequentemente assassinadas do que as prostitutas, o que revela que por trás desses crimes está de fato a homofobia, na medida em que as pessoas consideram que a travesti é um homossexual. "Tais pessoas são levadas à violência por causa da homofobia cultural que domina no Brasil", afirma o antropólogo.

Forças conservadoras

Mott lembra que tanto deputados quanto senadores dependem do voto dos eleitores para serem eleitos. "Para não ofender eleitores mais conservadores, católicos ou evangélicos, os parlamentares evitam apoiar projetos polêmicos, como a questão do aborto e a questão da equiparação da homofobia ao racismo", argumenta.

Para o antropólogo, seria lógico que a discriminação racial e a discriminação sexual fossem punidas com o mesmo rigor e com as mesmas penas. "Mas infelizmente existe no Brasil uma hipersensibilidade em relação à questão racial e uma indiferença em relação à violência, à discriminação contra os homossexuais. Nós não queremos privilégios, queremos direitos iguais, nem menos nem mais, e que a discriminação por homofobia tenha o mesmo tratamento que os crimes de racismo", afirma.

Para Marins, considerando que o racismo é muito presente no Brasil e "que a homofobia tem matado da maneira que tem matado, nós não demoramos a concluir que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, se forem negros e se forem de religião de matriz africana, vão sofrer ainda mais preconceito do que um gay branco de classe média, bem posicionado profissionalmente."

Dia do Orgulho Hétero

Naquilo que pode ser entendido como uma reação de forças conservadoras às conquistas homossexuais, no início de agosto a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto que cria o Dia do Orgulho Heterossexual. Dos 50 vereadores presentes, somente 19 se manifestaram contra.

No entanto, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou que irá vetar o projeto do Dia do Orgulho Hétero aprovado pela Câmara Municipal, alegando que o heterossexual, por não ser minoria, não sofre preconceito e ameaças e "não precisa de dia para se afirmar".
Também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nota afirmando que a data é desnecessária. O projeto é de autoria do vereador Carlos Apolinario, membro da igreja evangélica Assembleia de Deus.

Luz no fim do túnel

Marins diz ter muito cuidado ao falar sobre quem são os religiosos fundamentalistas que lutam contra os direitos dos homossexuais e travestis no Brasil. "Não posso generalizar que são cristãos, até porque há tanta igreja cristã – protestante ou católica –, há tantas lideranças que trabalham muito bem conosco, respeitando os nossos direitos."

O presidente da ONG Dom da Terra explica que se trata de algumas lideranças, baseadas em dogmas religiosos, que têm influência direta no Congresso Nacional, sobre um grande número de deputados e senadores. E com a justificativa da garantia do direito da família, vêm tirando os direitos LGBTs, "como se os LGBTs também não fossem filhos de uma família e não formassem também novas constituições familiares".

"Nós formamos famílias", conclui Marins. E, nesse contexto, em meio às notícias negativas sobre a situação dos homossexuais no Brasil, a aprovação unânime pelo Supremo Tribunal Federal de Brasília da equiparação da união estável homoafetiva à união heterossexual, em maio último, pode ser vista como uma contrapartida e demonstra, segundo Mott, que o Poder Judiciário no Brasil é o mais moderno, o mais afinado com os direitos humanos de grupos minoritários, entre eles os homossexuais.

Autor: Carlos Albuquerque
Revisão: Alexandre Schossler

Vacina contra HPV reduz riscos de câncer anal

PARIS, 23 Ago 2011 (AFP) -Uma vacina, rotineiramente empregada na prevenção do câncer de colo do útero causado pelo papilomavírus humano (HPV), também reduz os riscos de câncer anal entre as mulheres, destacou um estudo publicado na edição desta terça-feira da revista científica The Lancet Oncology.

O teste foi realizado com 4.210 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 25 anos na Costa Rica, imunizadas aleatoriamente, com a vacina Cervarix contra o HPV e uma vacina contra a hepatite para comparação.

Quatro anos depois, as mulheres foram submetidas a testes de infecção cervical e anal para os subtipos 16 e 18 do HPV, notoriamente relacionados ao câncer.

As mulheres que tomaram Cervarix demonstraram ter um risco 76% menor de desenvolver infecção cervical e 62% menor de infecção anal quando comparadas com outras que não tomaram a vacina.

A proteção foi ainda maior em um subgrupo de mulheres com mais propensão de não ter sido exposto ao HPV. Nesta categoria, a vacina demonstrou ser quase 89% protetora contra a infecção cervical para as duas cepas virais e quase 84% contra as infecções anais.

Embora o câncer anal seja raro - segundo algumas estimativas, a ocorrência é de apenas dois casos em 100.000 pessoas ao ano na população em geral -, as mulheres são duas vezes mais propensas a ter a doença do que os homens.

A razão para esta incidência maior é desconhecida, embora a relação anal passiva possa ser um fator.

Uma condição denominada neoplasia cervical também pode predispor as mulheres ao risco de desenvolver infecção anal por HPV, independente de ter havido relação anal.

Na população em geral, os grupos com maior risco de desenvolver câncer anal são os homens que fazem sexo com outros homens. Entre os gays não infectados pelo HIV, a incidência é de 40 casos por 100.000 indivíduos ao ano e entre os soropositivos, de 80 por 10.000.

Segundo uma pesquisa anterior, o HPV é a causa da maior parte dos cânceres anais. Quase quatro em cada cinco casos de câncer no ânus causados pelo HPV são provocados pelos subtipos 16 ou 18.

Em um comentário também publicado na The Lancet Oncology, os especialistas americanos Diane Harper e Stephen Vierthaler, da Escola de Medicina da Universidade do Missouri-Kansas City, afirmaram que o custo-benefício da vacina de HPV contra o câncer anal é nebuloso.

A grande pergunta é por quanto tempo a vacina se mantém eficaz, afirmaram.

"Sem duração de eficácia de pelo menos 15 anos, não se evitará, apenas se adiará o câncer em mulheres ou homens que fazem sexo com outros homens", escreveram.

"Faltam testes de eficácia e a incidência do câncer anal é rara. Vamos usar nossos recursos sabiamente", concluíram.

Jean Wyllys está entre os finalistas do Prêmio Congresso em Foco

Um parlamentar em terceiro mandato e dois estreantes na Câmara são os melhores deputados de 2011, segundo os jornalistas que cobrem o Congresso. O veterano Chico Alencar (Psol-RJ) e os novatos Reguffe (PDT-DF) e Jean Wyllys (Psol-RJ) foram os que mais bem representaram a população na Casa este ano, na avaliação da maioria dos 267 profissionais de imprensa, de 55 veículos, que votaram na primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco.

Os três abrem a lista dos 25 deputados finalistas do Prêmio Congresso em Foco 2011.

Prefeitura do Paraná exige exame de HIV em concurso público

Um concurso para preencher vagas nas áreas de Administração, Educação, Saúde e Serviços Gerais na prefeitura de Matinhos, litoral do Paraná, pede exames de HIV para os candidatos, além de exames de sangue e urina. A exigência é de caráter eliminatório. O candidato deverá apresentar os resultados dos exames, entre eles, o que mostra que o não está com o vírus, para só depois realizar exame médico normal.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que promove a cidadania, recebeu denúncia de moradores do município, segundo o presidente da entidade, Tony Reis.

- Nós recebemos a denúncia de duas pessoas da cidade de que a prefeitura estaria discriminando as pessoas que têm Aids. Ninguém deve ser obrigado a fazer teste compulsório de HIV. O objetivo disso é não selecionar o candidato com Aids no trabalho. Hoje sabemos que as pessoas com HIV podem sobreviver 20, 25 e 30 anos Isso caracteriza um tipo de discriminação que precisamos combater.

A Constituição prevê que são invioláveis a intimidade e a vida privada das pessoas, lembra Tony.

Em ofício enviado à prefeitura pedindo o fim da medida, ele cita um parecer de 1989 do Conselho Federal de Medicina a respeito da obrigação de um exame do tipo.

Segundo o texto, a realização de testes sorológicos de HIV viola direitos da pessoa, fere a Consolidação das Leis do Trabalho, além de contribuir em caso positivo para sua marginalização enquanto cidadão.

- A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também é contrária a este tipo de medida. Toda a jurisprudência é contra essa tipo de pedido - explica.

A Associação promete entrar na Justiça, caso não haja uma mudança no edital.

Na prefeitura de Matinhos, ninguém foi encontrado para comentar o caso.

OAB: Estatuto da Diversidade Sexual é marco na defesa do ser humano

A Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil fez ontem (23) a entrega solene ao presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, do anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual, durante ato no auditório da entidade. Elaborado com participação de 38 Comissões da Diversidade de Seccionais e Subseções da OAB, o anteprojeto de Estatuto deve ser submetido à sessão plenária de conselheiros federais da entidade em setembro próximo para início dos debates e possível votação acerca das propostas nele contidas, que "consagram uma série de prerrogativas e direitos a homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, trangêneros e intersexuais". Propõe também o reconhecimento das uniões homoafetivas. Se aprovado pelo Pleno, o Estatuto deve ser encaminhado juntamente com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à apreciação do Congresso Nacional.

Ao conduzir a cerimônia de entrega do Estatuto, o presidente nacional da OAB destacou que a proposta representa mais um marco na história da entidade dos advogados na defesa da dignidade do ser humano. "Este é um momento de muita alegria e de muita responsabilidade para todos nós; independentemente de sermos homens, mulheres, homossexuais, gays ou lésbicas, somos seres humanos e contribuintes que recolhemos nossos impostos, trabalhando de sol a sol para que o Brasil possa melhorar e, por isso mesmo, exigimos igualdade", afirmou Ophir Cavalcante.

Da cerimônia de entrega do anteprojeto participaram também a secretária-geral adjunta do Conselho Federal da OAB, Márcia Machado Melaré; a presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual da entidade e coordenadora da elaboração do Estatuto, Maria Berenice Dias; a deputada federal Érika Kokay (PT-DF); a representante da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Nadine Borges; a presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB de São Paulo, Adriana Galvão, e o presidente da Associação Brasileira GLBT, Toni Reis; além de representantes de diversas entidades da sociedade civil e movimentos de defesa da diversidade sexual.

Mister Piauí 2011 é assassinado em São Paulo


O Murilo Rezende, Mister Piauí 2011, tinha 21 anos

O modelo Murilo Rezende da Silva, encontrado morto em um apartamento na Rua Oscar Freire, região nobre de São Paulo, nesta terça-feira (23), foi eleito Mister Piauí neste ano. Ele também participou do concurso Mister Brasil.

A organização do evento divulgou uma nota pelo Twitter lamentando a morte. "É com tristeza que informamos que Murilo Rezende, Mister Piauí 2011 e finalista do Mister Brasil, foi assassinado. Murilo, sexto colocado no concurso, sempre demonstrou ser uma pessoa de caráter irretocável, admirado por todos."
Murilo Rezende foi finalista no Mister Brasil 2011

Além dele, foi encontrado morto o dono da residência, o analista de sistemas Eugênio Bozola. Os dois foram mortos a facadas. Segundo o delegado que investiga o caso, havia sinais de luta na residência onde a vítima morava. Bozola foi encontrado morto pela manhã por sua empregada doméstica. O corpo do modelo foi localizado pela Polícia Militar depois em um dos cômodos.


“Havia marcas de sangue pelo apartamento e sinais de luta, como um cinzeiro quebrado e objetos bagunçados”, afirmou o delegado Paulo Roberto Nascimento de Oliveira, do 14º Distrito Policial, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital.


Segundo a Polícia Civil, o analista de sistemas, que era homossexual, estava caído na cozinha, próximo à porta de entrada. A faxineira Neide Ferreira o encontrou por volta das 9h,quando entrou na residência. “Eu abri a porta e, quando vi ele caído, chamei o porteiro.” A PM foi acionada e, ao entrar, encontrou o corpo da outra vítima caído em um quarto e com um saco cobrindo parte da cabeça. O carro de Bozola, um Honda Civic prata, não estava na garagem, como de costume. Havia marcas de sangue no chão da garagem.

Vizinhos disseram ter ouvido uma briga durante a madrugada desta terça no interior do apartamento, que fica no 6º andar. Nenhum barulho de tiro, porém, foi escutado. “Lá pela meia-noite, eu ouvi muito barulho vindo de cima. Soltei um palavrão e quem estava no outro apartamento repetiu. O barulho continuou até 0h45, quando eu xinguei de novo. Então tudo ficou em silêncio e eu dormi”, disse uma aposentada de 51 anos que mora no 5º andar e não quis ter o nome divulgado.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já foi acionado para auxiliar nas investigações. Durante a tarde, foi feita perícia no apartamento. A polícia agora pretende ouvir o porteiro que estava no turno da madrugada. Ele poderá dar mais informações sobre a saída do veículo ou dos criminosos, já que no edifício não há câmeras de segurança. Ainda não há pistas sobre o responsável pelas mortes.