quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Lea T. diz não à proposta de documentário sobre sua vida

Se depender da produtora "Conspiração Filmes", a vida da transexual e modelo Lea T. poderá virar documentário. De acordo com Diário de São Paulo, a top já recebeu o convite. Mas, até o momento, disse não à proposta.

Lea T, que já voltou para Nova York, passou pelo Brasil na época do Fashion Rio, em junho, quando desfilou e fotografou para a grife Blue Man, nas praias da cidade maravilhosa. Em entrevista, declarou que após encerrar sua carreira como modelo pretende trabalhar com voluntariado.

"A carreira de modelo é curta. Quando eu me aposentar, quero trabalhar com comunidades para tentar amenizar o preconceito em relação às pessoas como eu. Quero ajudá-las a sair da prostituição e batalhar por mais conscientização", afirmou a modelo transexual.

Vereadores agora querem "desaprovar" dia do hétero em São Paulo

PT e PSDB se articulam para convencer o prefeito Gilberto Kassab (PSD) a vetar o projeto que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, aprovado na Câmara paulistana há menos de uma semana. 

A informação é da reportagem de José Benedito da Silva publicada na edição desta terça-feira da Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Segundo o texto, os vereadores já têm 18 dos 55 votos. Para manter um veto, são necessários 19. O gesto do prefeito tornou peça-chave para resolver a crise política iniciada após a aprovação da proposta, do vereador Carlos Apolinário (DEM).
Mas há outra opção: Kassab não veta nem sanciona e o projeto volta ao Legislativo para sanção automática --a Câmara não pode vetar projeto que ela mesmo aprovou. Com isso, a alternativa restante seria votar outro projeto revogando a lei, o que seria embaraçoso para a Câmara.
REPERCUSSÃO
A criação do Dia do Orgulho Hétero ganhou até repercussão internacional. Os sites das revistas "Forbes" e "Newsday" deram destaque ao "Straight Pride Day".
O assunto chegou a ser um dos mais comentados do Twitter em todo o mundo. Um abaixo-assinado também foi criado na internet por uma militante gay da Baixada Santista.
A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pediu veto ao projeto.

Pais contam como revelaram aos filhos que são gays

Recentemente, o cabeleireiro Vasco Pedro da Gama, 40 anos, de Catanduva (SP), perguntou à filha: "As crianças costumam mexer com você por minha causa?". "Sim, algumas vezes. Na perua escolar", ouviu como resposta. "E o que elas dizem?", continuou. "Dizem que você é gay, que tem namorado. Eu respondo que é verdade, e algumas dão risada". Vasco insiste: "E você se incomoda com isso?". "Não, porque é verdade. E se vocês se gostam, qual o problema? Vai saber se na casa delas os pais gostam das mães".
De simplicidade e clareza desconcertantes, o argumento de Teodora, 10 anos, encheu o pai adotivo de orgulho. Vasco e seu parceiro, o também cabeleireiro Dorival Pereira de Carvalho Jr., 49, foram o primeiro casal homossexual a adotar uma criança no Brasil, em 2006. Pioneiros, portanto, de um novo arranjo familiar que só tende a crescer nas estatísticas.

"É claro que sinto receio de ver a minha filha como alvo de preconceito ou agressões, mas tento ensiná-la no dia a dia a viver com verdade. Expliquei tudo desde que percebi que ela tinha condições de assimilar. Somos homens, nos amamos e a amamos. E essa é a nossa família", afirma.
Os gracejos na perua escolar são, segundo Vasco, episódios isolados e que aconteceram poucas vezes. Ele garante que Teodora é uma criança feliz e que é respeitado pelos pais dos amigos dela.
Para o jornalista Christian Heinlik, de 38 anos, de São Paulo, é fundamental tratar o assunto com naturalidade, sempre respeitando o tempo da criança. "No caso do Pedro Vinícius, que foi adotado aos oito anos e hoje tem 12, ele começou a fazer perguntas e a tirar conclusões. E eu nunca omiti nada", garante.

ificuldades superadas
Embora qualquer cidadão brasileiro que comprove situação financeira e emocional estável possa adotar uma criança, o processo não é fácil. No caso dos homossexuais, é ainda mais difícil. O banqueteiro Marcelo Eduardo Sampaio, 43 anos, e o dentista Eduardo Luis Indig, 48, enfrentaram uma batalha árdua até conquistarem a guarda definitiva de Manoel, de quatro anos. "Assim que o vimos pela primeira vez o amor paterno explodiu. Passamos todos os finais de semana com ele durante seis meses. Até que um juiz nos proibiu de vê-lo", recorda Marcelo. "Depois que um desembargador adoeceu, todo o grupo julgador foi trocado e vencemos. Foi uma vitória do amor, depois de um ano de sofrimento", desabafa ele. O casal continua no cadastro nacional de adoção para adotar outra criança.

Orgulho

  • Bob Donask/UOL Jackson Nascimento foi casado durante oito anos e teve três filhos antes de assumir ser gay
O caminho do cabeleireiro Jackson Nascimento, 37 anos, de São Paulo, também foi árduo. Ele foi casado durante oito anos e teve três filhos: Kaylla, de 14, e os gêmeos Kaíke e Kaio, 13. "Tentei levar uma vida de heterossexual, mas não deu certo. Casei para provar a mim mesmo algo que eu não era, mas quando os gêmeos completaram dois anos decidi me separar, sair de casa e assumir minha opção", conta. A ex-mulher, revoltada, o "obrigou" a ficar com a menina. "Ela achava que se eu tivesse de cuidar de uma criança não poderia sair, me divertir", diz.
Dois anos depois, ela se casou de novo e se mudou para o Sul e deixou Kaíke e Kaio com o pai. "Foi um aprendizado. Tive de me virar com futebol, videogame e outras coisas de menino", explica. Há cerca de quatro anos ele reuniu a prole e revelou ser gay. "Na época, não entenderam muito bem. Mas depois foram assimilando a informação aos poucos. Hoje, são até amigos do meu ex-namorado. E se dão bem com o atual", destaca Jackson.
Para ele, a melhor coisa que um pai gay tem a fazer é se respeitar, pois assim os filhos o respeitarão. E como a sociedade sempre vai estar de olho, ainda que de modo sutil, é essencial ser um pai nota 10. "Nunca faltei a uma reunião na escola e sempre fui elogiado pelas professoras. E acabo de matriculá-los em um curso de espanhol. Quero que tenham um futuro excelente", diz o cabeleireiro, que garante não se arrepender de nada do que fez. "Tenho orgulho da minha vida".

"Já escrevi meu nome na história, mesmo que seja meu único mandato", diz o deputado Jean Wyllys a revista

Em entrevista à revista "Rolling Stone Brasil" de agosto, o deputado federal que se tornou conhecido ao vencer o BBB em 2005, Jean Wyllys (PSOL-RJ), falou sobre seu trabalho na política. Ele foi eleito em 2010.
“Eu sei que já escrevi meu nome na história, mesmo que este seja meu único mandato”, afirmou Wyllys, comentando sua atuação em prol dos direitos dos homossexuais. O político disse, no entanto, que não quer ser reconhecido como deputado dos direitos LGBTs, e sim dos “direitos humanos”.

Sobre sua principal bandeira, a aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o deputado disse que "existe uma discriminação social que é um preço a pagar por uma sociedade plural. Essa a gente nunca vai conseguir erradicar. Mas a discriminação jurídica é que não pode."

Wyllys também comentou em entrevista a publicação o parecer favorável que deu a um projeto de lei que estende o benefício da aposentadoria por invalidez a militares com esclerose -- direito que hoje só cabe aos servidores públicos civis. "O [Jair] Bolsonaro, que é militar, vai ter que me agradecer", diz Wyllys, que tem notórias divergências com o deputado do PP.

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