quarta-feira, 6 de abril de 2011

A homossexualidade, você e @s outr@s ... e você consigo mesmo


Você... é... gay... !?!? Essa é a primeira pergunta e é feita desse jeito mesmo: com exclamações, interrogações e... reticências. - O travessão vem depois, servindo de barreira. Assim se dirigem a quem é, parece ser e dizem ser homossexual. Mas a pergunta nunca vem só. Está sempre acompanhada de uma explicação, que é feita antes mesmo da resposta: - Não, é porque eu ouvi dizer e não acreditei. E para arreMATAR, concluem: - Você é tão bonito! Como se homem bonito não pudesse ser gay. Tem gente que diz que a beleza masculina é até pré-requisito para ser gay!

E a resposta: como o preconceito ainda é grande e junto com ele, a rejeição, se a pessoa não for mesmo bem resolvida responde: - Não, eu não sou gay. E para se defender de tamanha acusação, o suposto gay ainda pergunta: - Quem disse isso? Ora, todo mundo. As pessoas sabem mais do que o próprio interessado que demonstra desinteresse pela sua própria condição homossexual. E adianta? É aquele velha história: quem tá fora vê melhor. Mas ver melhor o que? A vida dos outros? Ninguém precisa sair perguntando quem é homo, hetero, bi... Interessa tanto? Alguma fantasia sexual? Projeção? Desejo? Oportunidade para se declarar também?

Já não bastam os pseudo-homofóbicos que, no fundo... bem no fundinho são homossexuais e tentam apontar nos outros a homossexualidade, para que não vejam a deles? É a tática da mudança de foco. E matar nos outros sua própria homossexualidade? Tentam matar com críticas, ódio e perversão contra os outros, o que tem dentro deles mesmos? Coitados. Ih! E nem coitados foram. Às vezes são, na calada da noite, em camas alheias, atrás de moitas e esquinas. Muitos com namoradas e outros até casados, por infelicidade do destino, um buraco que eles mesmo cavaram para se esconder. Desconfie de quem sempre fala sobre gays de forma muito preconceituosa. Atrás de uma fera pode estar um outro animal. E dentro dele... ui!

Mas, voltando às perguntas, em uma verdadeira entrevista – prá não dizer tomada de depoimento, tem delas mais trágicas: - E você é gay desde quando? E de novo prá fechar... o tempo: - Você é feliz com a sua opção sexual? Na grande maioria dos casos, gay é, já nasce. Poucos são os casos onde o meio, as condições externas e outros fatores interferem nisso. O meio pode facilitar ou dificultar o livre encaminhamento da sexualidade. E falar de opção? Algum gay já assinou um formulário optando pela sexualidade? E se nascem assim, exatamente com uma sexualidade que é imanente a todos, independentemente de serem isso ou aquilo, podem e devem ser felizes assim. Como são ou pelo menos devem ser tod@s nós.

Sem contar que todos os adjetivos, capacidades e habilidades são esquecidas quando você é gay. Tudo se resume a sua condição sexual: não tem bom médico, aluno competente, profissional brilhante. Se for gay, tudo é esquecido e substituído pela sentença trágica: - Sabe esse médico? Pois é, é gay! O cara é um excelente profissional, tem até pór-graduação (vixe, falei!)

A sexualidade de cada um só importa para si mesmo e para @ parceir@ ou pretendente. É o seu caso? Então pare de xeretar a vida sexual d@s outr@s. Isso pode afirmar, confirmar e firmar algo que você tenta esconder. Nenhuma pergunta é por acaso e toda pergunta tem resposta. Pode ser a resposta que você quer ouvir faz tempo e não tinha encontrado ninguém prá dizer. Quer tentar? Me liga...


Por: Willikens Van Dorth

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